O vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB), defendeu a importância de uma candidatura de terceira via para o Brasil nas eleições de 2022, e admitiu que o nome do ex-juiz Sérgio Moro é forte. Apesar da ponderação, Mourão acredita que hoje os que mais “empolgam as massas” são o presidente Bolsonaro e Lula.
De acordo com ele, é preciso analisar se a candidatura de Moro vai ter fôlego, diante de outras alternativas que se colocam na disputa. Ele lembrou os nomes do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta e do governador de São Paulo, João Doria. ” Vejo Moro como um nome forte. Ele agrada a parcela da população que vê o combate à corrupção como uma bandeira importante. Agora, tem que empolgar a massa. Hoje, quem empolga as massas são Lula e Bolsonaro”, observou.
Mourão disse ter se colocado à disposição de Bolsonaro após o presidente lhe perguntar se ele tinha pretensões políticas nas próximas eleições. O vice-presidente revelou ainda um convite de Ciro Gomes para mudar de partido. “O Ciro me convidou, mas como sou novato na política, pretendo ser fiel ao meu partido. Na minha avaliação, não seria ético pular fora do PRTB agora”, disse.
O vice-presidente afirmou que sua relação com Bolsonaro, conhecida por altos e baixos, “está muito boa” e afirmou que não acredita que as reformas tributária e administrativa andem nessa gestão. Sobre a agenda esvaziada de Bolsonaro com o G20, colocou a culpa no idioma inglês. “É complicado fazer isso quando se não se fala a língua, precisa de um intérprete.” Leia abaixo a entrevista:
O senhor avalia que pode concorrer a uma vaga no Senado?
O presidente não definiu o seu partido político e nem se eu vou continuar como vice dele. Às vezes, diz também que nem ele sabe se irá concorrer à Presidência. Tem que definir tudo isso para ver se vou me candidatar ao Senado. Se decidir que será isso, devo concorrer pelo Rio de Janeiro ou pelo Rio Grande do Sul, mas não há decisão tomada. Meu título de eleitor é do Distrito Federal e, até março, preciso transferi-lo. Até lá, provavelmente, alguma decisão terá sido tomada.
Não tenho a mínima pretensão de me candidatar ao governo do Rio. Para isso, eu teria que ter dez anos a menos e uma equipe ultra consistente. Não tenho isso. Se eu for concorrer a algum cargo eletivo, será o Senado. Mas também avalio deixar a vida pública, me dedicar à família.
Portal Paraíba