A Paraíba recebeu nota 10 em estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que avalia as políticas adotadas com base científica para combater o coronavírus. Além do estado, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo também receberam a nota máxima.
“Os governos estaduais preencheram em parte um espaço deixado pelo governo federal”, afirma o técnico de planejamento Rodrigo Fracalossi de Moraes, responsável pelo estudo.
A avaliação levou em conta a expertise dos integrantes dos comitês, o grau de interdisciplinaridade e de transparência dos trabalhos, e a influência das medidas recomendadas sobre políticas de enfrentamento à pandemia, ou seja, se as recomendações foram aplicadas pelos Executivos Estaduais.
O estudo ainda avaliou as datas de criação de comitês, indicando a velocidade de resposta à pandemia e a abrangência e clareza das suas funções.
No total, 12 estados receberam notas iguais ou superiores a 7,5. Indo na contramão da Paraíba e de mais três estados, Mato Grosso, Roraima, Amapá e Alagoas tiveram as notas mais baixas de -0,3 a 3,2.
De acordo com o estudo, 14 estados recomendaram o chamado tratamento precoce, que conta com fármacos como ivermectina, azitromicina e hidroxicloroquina. Os remédios compõem o chamado ‘Kit Covid’, defendido pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Estudos apontam que os medicamentos não devem ser utilizados no tratamento da Covid-19, pois não possuem eficácia científica comprovada ou suficiente para a finalidade.