Mais uma denúncia envolvendo os recursos do Ministério da Educação vieram à tona. O prefeito de Boa Esperança do Sul (SP), Manoel do Vitorinho, afirmou nesta quinta-feira (24) que o pastor Arilton Moura pediu a ele uma propina de R$ 40 mil para que o MEC disponibilizasse recursos à cidade para a construção de uma escola profissionalizante.
As denúncias relacionadas à atuação indevida de Arilton e Gilmar levaram a ministra Cármen Lúcia, do STF (Supremo Tribunal Federal), a abrir inquérito para investigar o ministro da Educação e os pastores.
Arilton é suspeito de cometer tráfico de influência no MEC para liberar recursos da pasta conforme os seus interesses, com o também pastor Gilmar Silva dos Santos.
Em entrevista concedida à TV Record, Manoel disse que o pastor apresentou a oferta após uma reunião do ministro da Educação, Milton Ribeiro, com prefeitos de cidades do interior de São Paulo em março do ano passado.
Segundo o denunciante, o ministro não fez nenhuma promessa de que o MEC daria assistência financeira aos municípios, mas assistentes do MEC aconselharam os prefeitos a conversar com os pastores para negociar os repasses. Ele e mais dois prefeitos teriam sido levados por funcionários do ministério a um restaurante de Brasília, onde encontraram Arilton e Gilmar. No estabelecimento, Arilton conversou reservadamente com Manoel. De acordo com o prefeito, foi nesse momento que o pastor cobrou a propina. O prefeito disse ainda que recusou a oferta.
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