O Partido dos Trabalhadores (PT) divulgou nota nesta sexta-feira (25) na qual nomeia como “flagrante ato de indisciplina partidária” a decisão de integrantes da sigla que não acompanhar as decisões do partido em relação às eleições deste ano. Nesta quinta-feira (24), a Comissão Nacional de Ética do partido decidiu suspender por seis meses o deputado estadual Anísio Maia, e por três meses Giucélia Figueiredo – destituída da presidência do PT da Capital após a intervenção da Nacional -, Anselmo Castilho e Josenildo Feitosa, membros da executiva do partido.
Os petistas foram de encontro à decisão da Executiva Nacional de apoiar a então candidatura do ex-governador Ricardo Coutinho (ainda no PSB) para a Prefeitura de João Pessoa.
Na nota, o presidente estadual do partido, Jackson Macêdo, justifica que “não pode haver dúvida que caberia à Direção Nacional do PT a palavra final sobre a definição das candidaturas do partido em 2020” e que a resolução que definiu a escolha “jamais foi contestada por quem quer que seja nas Instâncias Partidárias Brasil afora, muito menos na Paraíba”.
“Assim, naquele momento, pela importância do processo eleitoral e pela necessária unidade das esquerdas democráticas em João Pessoa, a Direção Nacional do PT deliberou, em conformidade com a Resolução citada, pelo apoio à candidatura de Ricardo Coutinho, então filiado ao PSB, à Prefeitura da capital da Paraíba”, segue o texto.
Jackson acrescenta que todos os filiados e filiadas do PT de João Pessoa e a Direção Estadual da Paraíba sabiam “das regras do jogo de definição da tática eleitoral”. “Quem resolveu transgredi-las, ao arrepio do Estatuto do PT, também sabia que haveria consequências. Pagaram para ver e, agora, após uma cuidadosa tramitação na Comissão de Ética onde todos tiveram amplo direito de defesa, o processo foi examinado pelo Diretório Nacional do PT que, por unanimidade, decidiu que os filiados envolvidos transgrediram o Estatuto do PT ao incorrerem em indisciplina partidária”.
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