No dia 3 de agosto de 2021, a Paraíba e o Brasil se comoviam com a súbita morte de Lucas Santos, um adolescente de 16 anos que não aguentou a pressão das redes sociais com bullying e homofobia. Nesta quarta-feira (20), oito meses depois de sua partida, ele completaria mais uma ano de vida.
Em um relato emocionado no Instagram, a mãe e cantora Walkyria Santos contou um pouco da história do “meu maguicêlo”, como ela o chamava.
No depoimento, a artista disse que Lucas sempre quis comemorar seu aniversário com festa em um ônibus, mas que o desejo do filho não teve como ser realizado por causa da pandemia.
“Você ficava zangado, querendo que mainha fizesse de todo jeito. Você sempre quis viver tudo muito rápido. Hoje, entendo o porquê”, contou.
Walkyria também afirmou que, apesar de não tê-lo por perto fisicamente, Lucas não saiu do seu coração e pensamento “um só minuto”.
“Eu tenho tanta saudade, meu maguicêlo, que chego a invejar os céus por tê-lo. Você é o meu anjo, o meu amor, a minha saudade diária. Você é a minha lágrima de cada dia”, declarou.
A cantora terminou o depoimento pedindo a Deus para nunca esquecer o cheiro de seu filho e agradeceu “por ter tido o privilégio de conviver com você e de ter sido a sua mãe”.
“Eu te amo e sempre te amarei”, finalizou.
Combate ao cyberbullying
Após a morte de Lucas Santos, leis foram criadas para combater o cyberbullying em João Pessoa e na Paraíba. Na capital, foi estabelecido o Calendário Psicossocial que reúne uma equipe multiprofissional com o objetivo de melhorar a qualidade de vida de crianças e adolescentes de até 18 anos de idade.
O objetivo é auxiliar a superação de traumas ou entraves psicológicos, facilitar a interação social e convívio coletivo, fortalecer vínculos familiares e comunitários, fomentar o autoconhecimento e controle para que se evite o desenvolvimento de doenças da psiquê.
Já em âmbito do estado, foi instituído o Dia de Combate ao Cyberbullying e monitoramento de ofensas pela internet, propondo ações educativas direcionadas aos estudantes do ensino fundamental e médio para orientá-los como agir diante dos maus tratos cybernéticos.
As instituições públicas e privadas que mantém sites eletrônicos ou redes sociais devem registrar a prática em caso de comentários de cyberbullying, e em seguida, promover a retirada de ofensas das páginas eletrônicas, comunicando-as imediatamente aos órgãos públicos competentes para adoção das providências cabíveis.
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