No último final de semana o Sindicato dos Bancários da Paraíba reuniu dezenas de trabalhadores do setor para um encontro onde foram debatidas demandas referentes ao cenário atual da categoria, incluindo um possível desmonte da economia apontado pelo economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Reginaldo Aguiar e as perspectivas de mudanças no panorama que se aproxima com as eleições deste ano.
De acordo com o presidente do Sindicato, Lindonjhonson Almeida, a situação dos bancários é desafiadora, em um cenário jamais visto ou vivenciado pela categoria.
Ele apontou que os bancários e bancárias temem perder direitos conquistados ao longo dos anos e têm traçado estratégias para formatar a pauta de reivindicações nos fóruns regionais e nacionais de deliberação da categoria.
“Estamos tendo a oportunidade de nos reencontrar e traçar estratégias para fazer o enfrentamento que será essencial para que a classe trabalhadora não perca ainda mais suas conquista. A situação em que o país passa exige coragem e defesa de narrativas que possam reverter o quadro de perda de direitos e aumento de desigualdades. E, certamente, esse Sindicato, importante como ele é, com quase 80 anos, onde poucas entidades de trabalhadores duraram tanto tempo, se constitui como uma importante referência para direcionar a luta pela manutenção de direitos” declarou.
Em João Pessoa, as condições de trabalho, ainda segundo o sindicato são precárias, isso porque os bancos não estariam fazendo contratações na tentativa de fazer a migração dos clientes para os aplicativos.
Ainda segundo Lindonjhonson Almeida a postura dos bancos também tem causado o fechamento dos caixas eletrônicos, o que tem causado prejuízo à população.
“A gente vê o absurdo dos lucros dos bancos tanto os públicos quanto os privados que só sabem demitir e não contratam ninguém. Cada agência que a gente chega às vezes só funciona um caixa, às vezes nem caixa, tudo para que o cliente use o aplicativo, mas quem não sabe usar tá sofrendo nas longas filas, eu acho um absurdo. O comando nacional está tentando negociar mas não é fácil. Banco grande tá funcionando com um caixa só eles tão filtrando para ao atenderem e ainda vão reduzir os caixas eletrônicos nós estamos começando o início da campanha salarial e vamos levar isso para nossa conferência nacional em junho. É tanta demissão nos bancos privados e os públicos não contratam, se for preciso nós vamos fechar agências, pois não vamos esperar uma posição dos bancos que só querem lucrar e nada mais” concluiu.
PB Agora