Após 48h de silêncio, Jair Bolsonaro aparece, faz discurso rápido e garante que vai cumprir a Constituição

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Após quase 48 horas de silêncio, o presidente Jair Bolsonaro falou pela primeira vez nesta terça-feira (1º) após perder a eleição para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT.

Nesta tarde, o chefe do Executivo nacional esteve reunido com ministros no Palácio da Alvorada, em Brasília, e logo em seguida iniciou seu discurso agradecendo pelos votos que recebeu e criticando as manifestações realizadas no país. O chefe do Executivo nacional disse que não deve ser comportamento da direita cercear o direito de ir e vir dos brasileiros. “Nossos métodos não podem ser o mesmo da esquerda”, disse Bolsonaro.

Para Bolsonaro, as manifestações que têm obstruído rodovias em todo o país “são frutos da indignação e sentimento de injustiça como se deu o processo eleitoral. As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas”, declarou o presidente.

Ainda durante sua curta fala, Bolsonaro disse que “a direita surgiu de verdade em nosso país” e acrescentou que esta força foi mostrada nas eleições deste ano com uma “robusta representação no Congresso”.

O chefe de Estado declarou que defende a ordem e o progresso, embora sempre tenha sido rotulado de “anti-democrático e, ao contrário dos meus acusadores, sempre joguei dentro das quatro linhas da Constituição.

Bolsonaro fez questão de destacar que jamais falou em controlar ou censurar a mídia, assim como, as redes sociais. “Enquanto presidente da República e cidadão continuarei cumprindo todos os mandamentos da nossa Constituição. É uma honra ser o líder de milhões de brasileiros que, como eu, defendem a liberdade econômica, a liberdade religiosa, a liberdade de opinião, a honestidade as cores verde e amarela da nossa bandeira”, finalizou Jair Messias Bolsonaro”.

ELEIÇÕES 2022

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmou o resultado da eleição às 19h57 do último domingo (30), reconhecendo a vitória do candidato Lula. Vitória esta, reconhecida pelos presidentes da Câmara, do Senado, do TSE e do STF, governadores, presidentes de outros países e entidades internacionais, como a ONU.

Lula obteve 60,3 milhões de votos e foi o presidente eleito mais votado da história. Bolsonaro recebeu 58,2 milhões de votos. A diferença foi de 2,1 milhões de votos.

 

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