A equipe de transição do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), comandada pelo vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB), deverá ser dividida em quatro coordenações principais. Alckmin foi escolhido para ser coordenador-geral da transição e será responsável por todos os atos jurídicos e portarias.
A futura primeira-dama Rosângela Silva, a Janja, foi escalada para comandar o grupo que organizará a cerimônia de posse, no dia 1º de janeiro de 2023. Janja terá uma sala para despachar no Centro Cultural Banco do Brasil, sede do governo de transição, em Brasília.
Coordenador do plano de governo de Lula, o ex-ministro Aloizio Mercadante deverá ficar responsável por coordenar os 28 núcleos temáticos tratados na transição. Esses grupos, divididos por áreas — como educação, saúde, cultura, segurança pública, meio ambiente — não se tornarão necessariamente ministérios no futuro governo.
O ex-deputado Floriano Pesaro, próximo ao vice-presidente eleito, deverá ficar responsável pela coordenação administrativa e jurídica da equipe de transição.
A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, ficará com a coordenação institucional e com a relação com partidos políticos durante os meses que antecedem o início da gestão petista.
Já o servidor Jorge Rodrigo Araújo Messias atuará como coordenador jurídico da equipe de transição de Lula. Messias ficou nacionalmente conhecido após ser chamado de “Bessias” pela então presidente Dilma Rousseff em um grampo tornado público por Sérgio Moro em março de 2016.
A expectativa de integrantes da equipe de transição é a de que haja mais de 100 pessoas trabalhando no CCBB entre colaboradores, voluntários e técnicos, além dos 50 nomes que serão oficializados no Diário Oficial da União.
A equipe de transição contará com o térreo do prédio do CCBB e prevê que será necessária a utilização do primeiro andar para acomodar todos os que trabalharão na sede do governo de transição até o final do ano.
O prédio do CCBB em Brasília passou por uma varredura e inspeção pela equipe de segurança de Lula comandada pelo delegado Andrei Passos, chefe da segurança do petista desde a campanha e um dos cotados para ser diretor-geral da Polícia Federal.
Nesta segunda-feira, Passos se reuniu com Júlio Danilo Souza Ferreira, secretário de Segurança Pública do DF, e tratou, entre outras coisas, dos protestos antidemocráticos.
O delegado afirmou que sua equipe monitora os bloqueios antidemocráticos para adaptar a segurança do presidente eleito. “A gente segue monitorando o trabalho de inteligência, acompanhando todo o movimento e moldando a operação de acordo com os cenários”, disse.