Com a reprise da novela O Rei do Gado, na TV Globo, o Splash UOL relembrou curiosidades, polêmicas sobre a trama, exibida originalmente em 1996. Dentre essas polêmicas está ao do ex-senador paraibano Ney Suassuna, que se indignou com um personagem político da trama, o senador Caxias, que era um defensor do movimento sem-terra e, em uma das cenas da novela, discursou para um plenário praticamente vazio, com apenas três parlamentares.
Conforme reportagem do UOL, o autor de O Rei do Gado, Benedito Ruy Barbosa, recebeu críticas de políticos pela forma que representava o trabalho dos parlamentares. No dia seguinte à cena do plenário vazio em um discurso do senador Caxias, o então senador Ney Suassuna (então PMDB, hoje Republicanos) criticou a abordagem da produção e classificou a cena como uma “distorção da realidade”. De acordo com o Memória Globo, ele teria dito que a cena induzia a população a acreditar que não havia senadores honestos no Brasil.
“Então, por que a tomada do plenário superdimensionado – não é o plenário do Senado, e sim algo que poderia ser o auditório Petrônio Portella, por exemplo, ou algum teatro para pelo menos mil pessoas, não para o Senado que tem oitenta e uma cadeiras – senão para ampliar a ideia de vazio, reforçando a tese de um bando de vadios e negligentes que vivem aqui e ganham sem trabalhar? Por que a supervalorização do isolamento do Senador honesto e trabalhador, ilhado por uma totalidade de parasitas da Nação? Não se encontra outra explicação, senão a má-fé deliberada”, desabafou, indignado, o então senador Ney Suassuna.
Em 2007, a Polícia Federal indiciou Ney Suassuna por envolvimento na máfia dos sanguessugas, que consistia no desvio de recursos públicos destinados à compra de ambulâncias. Recentemente, também foi denunciado pelo Ministério Público da Paraíba por participação na Operação Calvário. De acordo com as investigações, Ney teria sido o responsável por apresentar Daniel Gomes, operador do esquema de desvios de recursos públicos investigado na operação, ao ex-governador Ricardo Coutinho.
Atualmente, é suplente do senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB) e protagonizou, no início de 2021, uma das cenas lamentáveis sobre respeito e cordialidade na política do estado, ao fazer gesto obsceno sobre relato de piora da saúde do senador José Maranhão (MDB), que, à época, estava intubado em UTI em decorrência da Covid-19, vindo a falecer dias depois.
Paraíba Já