O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, defendeu neste domingo (13) apoio limitado à PEC da Transição com aprovação somente do que foi prometido tanto pelo presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, quanto pelo atual governo Bolsonaro durante a campanha eleitoral.
“A PEC da Transição, como o próprio nome diz, é para a TRANSIÇÃO”, escreveu em letras garrafais na mensagem destinada a seus grupos de contatos, como políticos e jornalistas.
“Deve garantir somente os pontos comuns das duas candidaturas: 600 reais de auxílio e aumento real do salário mínimo em 2023”, destacou.
Nessa lógica, todos os outros temas da agenda do novo governo Lula, como a correção da tabela do imposto de renda e o pagamento extra de R$ 150 para famílias com crianças, ficariam de fora e seriam discutidos somente, em 2023, quando houver a posse do novo presidente e do novo Congresso.
O aliado de Bolsonaro entende que esses itens “merecem ser, primeiro, conhecidos, assim como sua política econômica. E, depois, discutidos com a legitimidade do novo Congresso”.
Nogueira afirmou que todos os parlamentares que hoje apoiam o governo Bolsonaro poderão se manifestar livremente mas que ele irá defender este direcionamento no Progressistas (PP), seu partido.
“O posicionamento que defenderei no Progressistas é o de aprovar uma PEC, sim, mas para a transição, para garantir estabilidade para o primeiro ano do governo”.
“O Congresso atual, que sai, não pode cassar a prerrogativa do novo, que chega legitimado pelo povo nas urnas e ainda nem assumiu. Não pode chancelar decisões dos próximos quatro anos no apagar das luzes. A vontade popular tem de ser respeitada”, completou.
O Antagonista