Mísseis atingiram a cidade de Przewodów, na Polônia, e mataram dois poloneses nesta terça-feira (15). A região ficava próxima à fronteira com a Ucrânia, que voltou a ser bombardeada intensamente pela Rússia. Um funcionário de alto escalão dos EUA afirmou que os mísseis era russos.
Apesar da denúncia do funcionário estadunidense, o porta-voz do governo polonês Piotr Mueller não confirmou a informação. Mas logo depois revelou, em rede social, que o Governo da Polônia convocou uma reunião de emergência.
“O primeiro-ministro Mateusz Morawiecki convocou com urgência a Comissão do Conselho de Ministros para os assuntos de Segurança e Defesa Nacional”, afirmou Mueller em uma rede social.
Com esse ataque russo ao território polonês, o primeiro país aliado à OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) sofre diretamente com essa guerra entre Rússia e Ucrânia. Um dos motivos que fez Vladimir Putin buscar anexar o território vizinho foi justamente uma possível entrada da Ucrânia à organização, que tem grande influência dos EUA.
Possibilidade de escalada
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, condenou os ataques da Rússia à Polônia e afirmou que isso pode significar uma escalada significativa na guerra, atingindo outros países não envolvidos diretamente. Apesar disso, o governo russo afirmou que “nenhum ataque a alvos perto da fronteira entre Ucrânia e Polônia foi feito por meios de destruição russos”.
“Quanto mais a Rússia sentir impunidade, mais ameaças haverá para qualquer um ao alcance dos mísseis russos. Disparar mísseis contra o território da Otan! Este é um ataque de mísseis russos contra a segurança coletiva! Esta é uma escalada muito significativa. Devemos agir”, disse Zelensky.
O contra-ataque russo
Nos últimos dias, o exército russo recuou suas tropas e deixou a região de Kherson, que voltou a ser ocupada por ucranianos. Essa vitória simbólica dos ucranianos foi celebrada e fez com que o presidente Zelensky afirmasse que esse era o melhor momento para o fim do conflito.
No entanto, o exército russo voltou as ofensivas nesta terça-feira (15). A capital ucraniana, Kiev, voltou a ser bombardeada, deixando a energia elétrica afetada em mais da metade da cidade. Além disso, outras três cidades foram atacadas pelos russos, Lviv, Shebekino e Kharkiv. Essa ofensiva pode ter sido responsável pela morte dos poloneses dentro do próprio país.
G1