Novo medicamento para tratar a Covid-19, Paxlovid, começa a ser distribuído em 51 municípios da Paraíba

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A notícia da aprovação da venda de um novo medicamento para o tratamento da Covid-19 pela Anvisa animou os brasileiros e não foi à toa. O remédio, Paxlovid, chega como mais um reforço no combate à doença evitando o aumento no número de internamentos provocados pelo agravamento da enfermidade.

E a melhor parte dessa decisão é que a medicação já começou a ser distribuído pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Na Paraíba, a distribuição já está sendo feita em 51 municípios. A secretária de Saúde da Paraíba, Renata Nóbrega, comemorou o reforço na luta contra Covid-19, embora reconheça que a chegada do medicamento na rede pública ainda é tímido.

“É mais uma ferramenta na luta contra a pandemia. Já temos a vacinação que está muito avançada em nosso estado e agora temos mais esse reforço. Recebemos um quantitativo ainda pequeno, mas já começamos a distribuição para 51 municípios”, explicou.

Renata Nóbrega acrescentou que o Governo do Estado faz a distribuição do Paxlovid para as prefeituras e as gestões locais se encarregam de montar a logística da distribuição aos pacientes, conforme a recomendação médica. “O uso do remédio é com prescrição médica. O paciente precisa ter testado positivo e não estar internado. Estamos fazendo a distribuição para as prefeituras e lá eles decidem se o acesso será pela farmácia municipal ou outro centro de distribuição”, informou.
Vendas nas farmácias e uso nos hospitais particulares
A decisão da Anvisa tomada nessa segunda-feira (21) autoriza o fornecimento do medicamento para o mercado privado, com a rotulagem e bula em português de Portugal e em espanhol.

Se o preço para a venda será acessível, ou não, ainda não se sabe, já que o preço de venda nas farmácias ainda não foi divulgado e cabe à Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos CMED (CMED) a definição.
Regras para a venda do Paxlovid
A venda em farmácias deve ser feita sob prescrição médica, com dispensação e orientação pelo farmacêutico ao paciente sobre o uso correto do medicamento. A autorização da Anvisa prevê ainda que o fabricante deve manter e priorizar o abastecimento para o programa do Sistema Único de Saúde (SUS).

Segundo a diretora relatora, Meiruze Freitas, a venda no mercado privado irá aumentar a facilidade de acesso ao tratamento da Covid-19, visto que o medicamento deve ser tomado dentro de cinco dias após o início dos sintomas.

“O diagnóstico precoce e o tratamento ambulatorial, quando necessário, são importantes para evitar a progressão da doença para casos graves”, afirmou a diretora. Ela reiterou ainda que o tratamento não substitui a vacinação. “A vacinação continua sendo a melhor estratégia para evitar a Covid-19, as hospitalizações e os óbitos”, complementou Meiruze Freitas.
Sobre o Paxlovid
O Paxlovid, utilizado no tratamento da Covid-19, teve seu uso emergencial aprovado no Brasil em 30 de março deste ano. Composto por comprimidos de nirmatrelvir e ritonavir embalados e administrados juntos, o medicamento é indicado para o tratamento da doença em adultos que não requerem oxigênio suplementar e que apresentam risco aumentado de progressão para Covid-19 grave.

– Apresentação

Comprimido revestido, na concentração de 150 mg em cada comprimido revestido de nirmatrelvir e 100 mg em cada comprimido revestido de ritonavir.

– Restrições de uso

O medicamento é de uso adulto, com venda sob prescrição médica.

– Indicação

O Paxlovid é indicado para o tratamento da Covid-19 em adultos que não requerem oxigênio suplementar e que apresentam risco aumentado de progressão para a forma grave da doença.

– Posologia e modo de uso

O Paxlovid é composto por comprimidos de nirmatrelvir e ritonavir embalados juntos, que também devem ser administrados juntos. A posologia recomendada é de 300 mg de nirmatrelvir (dois comprimidos de 150 mg) com 100 mg de ritonavir (um comprimido de 100 mg), todos tomados juntos por via oral, duas vezes ao dia, durante cinco dias. O medicamento deve ser administrado assim que possível, após o resultado positivo do teste diagnóstico para o Sars-CoV-2 e avaliação médica, e no prazo de cinco dias após o início dos sintomas.

– Orientação de dispensação

O medicamento deve ser dispensado exclusivamente pelo farmacêutico, que deve informar ao usuário que o medicamento é de uso individual e exclusivo ao paciente que passou por avaliação médica e que recebeu a prescrição. Portanto, o Paxlovid não deve ser utilizado por indivíduos sem a devida avaliação médica. Cumpre ao farmacêutico também realizar as demais orientações quanto à posologia, ao modo de uso e às interações, ou seja, informações quanto ao uso correto do medicamento.

 – Limitações de uso

O Paxlovid não está autorizado para tratamento de pacientes que requerem hospitalização devido a manifestações graves ou críticas da Covid-19. Também não está autorizado para profilaxia pré ou pós-exposição para prevenção da infecção pelo novo coronavírus.  O medicamento não está autorizado para uso por mais de cinco dias. Além disso, como não há dados do uso do Paxlovid em mulheres grávidas, recomenda-se que seja evitada a gravidez durante o tratamento com o referido medicamento e, como medida preventiva, até sete dias após o término do tratamento. Finalmente, o Paxlovid não é recomendado para pacientes com insuficiência renal grave ou com falha renal, uma vez que a dose para essa população ainda não foi estabelecida.

 

Fonte83

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