A operação que resultou na prisão, na última sexta-feira (23), de três funcionários da Braiscompany, na fronteira com a Argentina, contou com uma cooperação envolvendo Polícia Federal e autoridades argentinas e paraguaias. As prisões de Victor Hugo, Sabrina Mikaelly e Arthur Barbosa ocorreram em Foz do Iguaçu-PR, quando eles tentavam acessar a Argentina. O país, vale ressaltar, foi apontado em investigações como possível destino dos empresários Antônio Inácio da Silva Neto e Fabricia Farias Campos, todos com mandados de prisão determinados pela 4ª Vara Federal de Campina Grande/PB.
Os três presos na última sexta-feira estavam foragidos desde maio de 2023, quando foram emitidos mandados de prisão contra eles. Uma estimativa dos prejuízos para os clientes da empresa de criptoativos, publicada pelo jornal O Globo, recentemente, mostra que as perdas causadas pela Braiscompany podem chegar a R$ 600 milhões. Na Paraíba, só o MP-Procon, órgão do Ministério Público Estadual, recebeu 3.364 reclamações de consumidores que teriam contratos com a Braiscompany. Só com este recorte, a estimativa é que os prejuízos resultaram no montante de R$ 258.252.638,31.
Os três funcionários, junto com Antônio Neto e Fabrícia, estão incluídos na lista de difusão vermelha da Interpol, Organização Internacional de Polícia Criminal. Após descobrir o plano de fuga dos suspeitos, a Polícia Federal iniciou diligências e acionou as autoridades paraguaias e argentinas para dar apoio, caso os indivíduos ingressassem em território estrangeiro, uma vez que eles estavam inclusos na lista de procurados da Interpol.
Os três procurados foram detidos pela Gendarmeria na aduana, quando tentavam entrar no território argentino em momentos distintos. Ainda na sexta-feira, dois dos detidos foram expulsos da Argentina e entregues à PF, na aduana da Ponte Internacional Tancredo Neves, para posterior apresentação ao Juízo competente. O terceiro foragido ainda aguarda a conclusão dos trâmites burocráticos para ser entregue às autoridades brasileiras.
A Operação Halving foi deflagrada em fevereiro de 2023 nos estados da Paraíba e São Paulo, com o objetivo de combater crimes contra o sistema financeiro e o mercado de capitais, supostamente cometidos por sócios de uma empresa especializada em criptoativos.
Com Blog do Suetoni