O ex-presidente Jair Bolsonaro repetiu, em entrevista à Folha publicada nesta terça-feira (27). sua defesa contra o processo no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pode torná-lo inelegível. E disse que tem uma “bala de prata” para a eleição de 2026.
“Eu tenho a bala de prata, mas não vou te dizer, para você não ficar perturbando, no bom sentido. Eu tenho a bala de prata, mas não vou revelar”, disse o ex-presidente. “O que nós plantamos ao longo de quatro anos não foi blábláblá. Eu fui para o meio da massa, bafo na cara, arriscando levar um tiro, uma facada. A gente trouxe o pessoal para acreditar no seu país.”
Ele disse que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro pode se candidatar à Presidência da República se quiser, mas destacou que lhe falta experiência. Sobre o apoio a uma futura candidatura nacional do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, Bolsonaro disse que “teria de conversar com ele”.
Segundo o ex-presidente, os ministros do TSE querem puni-lo “pelo conjunto da obra”, e não apenas pela reunião com os embaixadores, na qual o então presidente pôs em dúvida a segurança do sistema eleitoral.
“Tem certos absurdos. Botaram na ação do TSE até o 8 de janeiro, que ainda está em investigação, inclusive em uma CPI“, criticou Bolsonaro, que aludiu ao recente levante de mercenários na Rússia para minimizar a invasão das sedes dos Três Poderes. “No Brasil o golpe foi de senhorinhas com uma Bíblia debaixo do braço. De senhorzinhos com a bandeira do Brasil nas costas.”
Segundo Bolsonaro, “está mais do que comprovado que o quebra-quebra foi do pessoal deles”. O ex-presidente se refere aos apoiadores de Lula. “Aquela imagem do cara com a minha camisa quebrando um relógio no Palácio do Planalto, por exemplo: a informação que chegou para mim é que foi o núcleo lá do Lula que mandou divulgar aquela cena”, disse o ex-presidente.
O Antagonista