O deputado federal e vice-líder da oposição na Câmara Federal, Cabo Gilberto (PL), repudiou a decisão da maioria do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que condenou o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), à inelegibilidade por 8 anos.
Após quatro sessões de julgamento, o placar de 4 votos a 1 contra o ex-mandatário foi alcançado com o voto da ministra Cármen Lúcia. Ela adiantou que acompanharia a maioria pela condenação de Bolsonaro.
Na avaliação da ministra, a reunião foi convocada por Bolsonaro para atacar o sistema eleitoral e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do TSE.
Em vídeo publicado nas redes sociais, Cabo Gilberto afirmou que o TSE não tem base para cassar os direitos políticos do ex-presidente, e afirmou que não houve abuso de poder político, conforme a ação acusou. Para Cabo Gilberto, a medida trata-se de uma perseguição política.
“Pela primeira vez em nossa história, um presidente da República fica inelegível não por meter a mão no seu dinheiro, por ser corrupto ou quebrar as estatais e acabar com o nosso país como Lula, Dilma e o PT fez. Mas sim, por conta de perseguição, arbitrariedade, irregularidade, ações inconstitucionais ao arrepio da lei. Ficou claro através do julgamento do TSE, que não tem base legal para cassar os direitos políticos do presidente. Totalmente ao arrepio da lei. Isso é impressionante em nosso país em pleno século XXI. O nosso repúdio a mais essa ação por parte do Tribunal Superior Eleitoral que cassou os direitos políticos do ex-presidente da República por abuso de poder político. Não teve nenhum abuso, o ex-presidente não foi beneficiado, não teve nenhum partido político beneficiado, apenas uma reunião com embaixadores para fazer um contraponto ao ministro Faschin, que teria feito uma reunião antes com esses mesmo embaixadores para criticar direta e indiretamente o ex-presidente Bolsonaro. Isso sim é ditadura! Isso sim é ato antidemocrático”, acusou.
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