O servidor da Caixa Econômica Federal suspeito de fraudar pagamentos de ordens judiciais do Tribunal Regional do Trabalho na Paraíba pode ter desviado recursos para enriquecimento ilícito. Dentre os destinos do dinheiro, está a compra de fazenda e gados.
O suspeito foi alvo da Operação Lesa Caixa, deflagrada nesta terça-feira (25) em diversos municípios da Paraíba. Hoje, foram apreendidos diversos bens nas fazendas e os próprios animais, que devem ir à leilão para ressarcimento aos cofres públicos.
O delegado Derly Brasileiro da Polícia Federal, responsável pelas investigações, deu detalhes, durante entrevista coletiva, de como funcionava o esquema.
“Quando a Justiça do Trabalho mandava os alvarás para Caixa Econômica, esse funcionário tinha acesso às movimentações. Daí, ele começava a movimentar e criar conta. Os alvarás tinham valores destinado a pessoas, advogados, Receita Federal… só que o dinheiro em relação aos valores, ele desviava ao longo de quatro anos”, disse.
Segundo o delegado, outras pessoas, inclusive familiares, também são alvos da operação. Elas teriam sido usadas como “laranjas” do esquema. Ainda não se sabe se há a participação de outros servidores da Caixa.
O esquema foi desvendado logo após uma auditoria do banco estatal.
Operação
A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (25), a “Operação Lesa- Caixa”, que visa reprimir desvios de recursos de contas vinculadas da Justiça do Trabalho da 13ª Região.
Foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal da Paraíba nas cidades de João Pessoa, Cabedelo, Pombal, Cajazeiras e São Bentinho.
As investigações foram iniciadas em maio deste ano e tem como alvo principal servidor da Caixa Econômica Federal.
De acordo com a PF, o servidor aproveitava o acesso aos sistemas de movimentação bancária de contas judiciais trabalhistas, movimentou criminosamente valores para contas suas e de pessoas próximas, causando um prejuízo estimado aos cofres da Caixa de quase R$ 9 milhões, podendo ao final da investigação o montante do prejuízo chegar a R$ 23 milhões.
MaisPB