PF mira corrupção em gabinete chefiado por Braga Netto no Rio

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A Polícia Federal deflagrou nesta terça uma operação para investigar indícios de corrupção em contratos superfaturados — apenas numa compra de coletes balísticos, sem licitação, teriam sido desviados 4,6 milhões de reais — do Gabinete da Intervenção Federal na Segurança Pública do Rio de Janeiro, em 2018.  Walter Braga Netto, então interventor e chefe da repartição, é investigado e teve o sigilo telefônico quebrado pela Justiça.

A PF cumpre 16 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo e no Distrito Federal. Braga Netto não é alvo de mandados.

A investigação mira crimes de patrocínio de contratação indevida, dispensa ilegal de licitação, corrupção ativa e passiva e organização criminosa supostamente praticadas por servidores públicos federais quando da contratação da empresa americana CTU Security na aquisição de 9.360 coletes balísticos superfaturados.

“A investigação começou com a cooperação internacional de Agência de Investigações de Segurança Interna na qual informa que a empresa americana CTU Security e o governo (do então presidente Michel Temer) celebraram contrato, através do Gabinete de Intervenção Federal do Rio de Janeiro, com sobrepreço em coletes balísticos”, diz a PF.

A autoridades americanas descobriram o crime no curso da investigação americana sobre assassinato do presidente haitiano Jovenel Moises, em julho de 2021, na qual a empresa CTU ficou responsável pelo fornecimento de logística militar para executar a derrubar Moises e substituí-lo por Christian Sanon, um cidadão americano-haitiano.

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