A direção nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) apresentou, em reunião remota, nesta terça-feira (26), os resultados da pesquisa contratada para analisar a viabilidade eleitoral dos filiados ao partido para as eleições do ano que vem. Os resultados impressionaram, mas não positivamente, principalmente em relação ao deputado estadual Luciano Cartaxo. Ele apareceu na espontânea com apenas 2% das intenções de voto, mesmo percentual da também deputada Cida Ramos. A diferença é que Cartaxo foi prefeito da capital por oito anos e deixou o cargo há pouco tempo, quando foi sucedido pelo prefeito Cícero Lucena (PP).
O instituto contratado pelo partido ouviu 813 pessoas em toda a cidade entre os dias 7 e 11 deste mês. A mesma aferição está sendo feita em outras capitais do país. A reunião sobre João Pessoa contou com a participação de dirigentes nacionais, estaduais e municipais do partido, além dos nomes lançados como prováveis pré-candidatos da sigla: Luciano Cartaxo, Cida Ramos e Estela Bezerra. Márcia Lucena mandou representante e Ricardo Coutinho não compareceu. A pesquisa foi realizada pelo Instituto VER Pesquisas e Estratégias.
O clima ficou quente durante a reunião e foi preciso o representante do GTE (Grupo de Tática Eleitoral) do partido, Romênio Pereira, intervir e pedir respeito aos dados da consulta. Isso ocorreu, segundo fontes ouvidas pelo blog, porque o ex-prefeito contestou os dados, dizendo que tinha pesquisas nas quais ele aparecia em melhores condições. Não adiantou. Os números foram apresentados, inclusive mostrando que a culpa pelo baixo desempenho de Cartaxo na consulta não se dá por falta de padrinho nacional. O governo Lula tem 57% de aprovação, de ótimo e bom na consulta.
A pesquisa foi encomendada para fundamentar a discussão sobre o lançamento ou não de um nome do partido para disputar a prefeitura da capital no ano que vem. A depender desta pesquisa, o cenário não é bom. Não faz muito tempo, dirigentes do PT da Paraíba cogitaram a possibilidade de apoio à reeleição do prefeito Cícero Lucena ainda no primeiro turno no ano que vem, visando reduzir as chances de vitória do bolsonarismo. Pelo jeito, essa é uma carta que tende voltar para o rol de possibilidades.