O padre e ex-diretor do Hospital Padre Zé, Egídio de Carvalho, é um dos alvos dos mandados de busca e apreensão da operação deflagrada na manhã desta quinta-feira (05) pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado do Ministério Público do Estado da Paraíba (Gaeco). Conforme apurou o ClickPB com exclusividade, além do pároco outras pessoas da administração do hospital também são alvos.
Entre estas pessoas está a diretora administrativa do hospital, Jannyne Dantas e a tesoureira da unidade hospitalar filantrópica, a Amanda Duarte. Segundo apurou o ClickPB com exclusividade, a operação tem como objetivo apurar os fatos que indicam possíveis condutas criminosas ocorridas no âmbito do Instituto São José, do Hospital Padre Zé e da Ação Social Arquidiocesana/ASA.
As investigações apontam que há indícios de possíves desvios de recursos públicos destinados a fins específicos, por meio da falsificação de documentos e pagamento de propinas a funcionários vinculados às referidas entidades. De acordo com o jornalista Clilson Júnior, os imóveis relacionados aos alvos da operação estao localizados nos seguintes locais:
Uma granja no Conde, na comunidade Guaxinduba, Litoral Sul da Paraíba;
Dois apartamentos no edifício Ilha dos Corais, no Cabo Branco;
Dois apartamentos no edifício Saulo Maia, também no Cabo Branco;
Um apartamento no edifício Jardim do Atlântico, no Cabo Branco;
Um aparamento no residencial Luxor Paulo Miranda, no Cabo Branco;
Um apartamento em um edifcío no residencial Ville Jardim, bairro Jardim Cidade Universitária;
Um apartamento em um edifício nas proximidades da praça da Paz, nos Bancários;
Conforme apurou o ClickPB, além destes alvos, também há um mandado sendo cumprido em São Paulo (SP).
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ESCÂNDALO DOS TELEFONES
A existência de uma suposta organização criminosa no Hospital Padre Zé, na Zona Norte de João Pessoa, veio a tona no último mês devido a denúncia do suposto desvio de telelefones celulares de luxo, doados pela Receita Federal, a unidade de saúde. Como trouxe o ClickPB, um
ex-funcionário da unidade é suspeito de ter causado um rombo de mais de meio milhão de reais por meio do furto e venda dos aparelhos.
Os mesmos foram destinados pela Receita Federal ao hospital para auxiliar nas finanças da unidade, o que segundo as investigações não teria sido cumprido. São alvos da investigação Samuel Rodrigues Cunha, o ex-funcionário e a administração do hospital à época, que inclui o
agora ex-diretor, pároco Egídio.
PADRE FOI AFASTADO DA IGREJA
Devido ao escândalo, o pároco renunciou a direção da unidade hospitalar. A igreja católica, por meio do arcebispo Dom Manoel Delson, proibiu o padre Egídio de Carvalho Neto de realizar qualquer tipo de sacramento na Igreja Católica até o fim das investigações sobre o
escândalo do furto de celulares no Hospital Padre Zé.
Conforme verificou o ClickPB, o religioso fica impedido de celebrar casamentos, batizados e cerimônias de crisma, por exemplo. O comunicado da Arquidioce foi feito nesta quarta-feira (27), como acompanhou o ClickPB.