Presidente da Guiana cobra ajuda do Brasil contra Venezuela

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O presidente da Guiana, Irfaan Ali, expressou sua esperança de que o Brasil assuma um papel de liderança na manutenção da paz na América do Sul. Ali fez esse comentário após o governo venezuelano realizar um referendo sobre a anexação de dois terços do território guianês.

Durante entrevista à GloboNews, Ali enfatizou o desejo da Guiana de que a região permaneça como um local de paz e estabilidade.

“Nós esperamos que o Brasil tenha um papel de liderança, um papel significativo em garantir que essa região se mantenha. O que a Guiana quer, a única ambição da Guiana é que essa região se mantenha uma região de paz e estabilidade, onde todos nós podemos coexistir em harmonia“, disse Ali.

Ali revelou que teve uma conversa com o presidente Lula antes do referendo e destacou as medidas tomadas pelo governo brasileiro para proteger seu território.

“O Brasil tem uma boa relação conosco também e nós esperamos que a Venezuela aja com princípio. Nós conversamos com o presidente Lula e com o ministro do exterior (Mauro Vieira) e os dois garantiram que a Venezuela estará do lado certo da lei (…). Então, nós temos confiança de que o Brasil vai agir de maneira responsável, de maneira que seja condizente de um país que mostra maturidade e liderança”, ressaltou o presidente da Guiana.

Risco de conflito armado na fronteira com o Brasil

A situação entre Venezuela e Guiana tem gerado preocupações quanto à possibilidade de uma invasão militar. No entanto, o presidente Ali afirmou que a Venezuela é imprevisível, indicando que a probabilidade de uma invasão não pode ser descartada.

O presidente guianês expressou preocupação com a imprevisibilidade da Venezuela quando questionado sobre a possibilidade de uma invasão militar por parte do país vizinho.

De acordo com Ali, a atitude da Venezuela em desconsiderar a ordem internacional e a decisão da Corte envia uma mensagem clara de que eles não estão preocupados com as regras estabelecidas. Diante disso, ele enfatizou a importância de adotar uma postura cautelosa e garantir que todos os sistemas estejam preparados para qualquer eventualidade, já que não há um comportamento racional por parte do país vizinho.

Durante a entrevista, Irfaan Ali também abordou a cooperação entre a Guiana, os Estados Unidos e a Organização das Nações Unidas (ONU), além de mencionar a existência de reservas de petróleo no território disputado pela Venezuela.

O referendo ocorrido no último domingo, 3, foi marcado pela aprovação da proposta do governo venezuelano para criar um novo estado em Essequibo, região atualmente controlada pela Guiana. Segundo o governo venezuelano, mais de 95% dos eleitores votaram favoravelmente à questão, uma das cinco elaboradas na consulta pública.

O Antagonista

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