A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (14/03), na cidade de Campina Grande, a Operação Alcântara 2, para combater os crimes de falsidade ideológica e o uso de documentos falsos praticados por empresas de segurança privada na Paraíba.
Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos em endereços nos bairros da Liberdade e da Estação Velha.
Foram expedidos dois mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva pela 4ª Vara Federal de Campina Grande, que também determinou outras medidas cautelares, como a proibição de frequentar qualquer local ou posto de trabalho onde esteja em serviço vigilante que tenha sido ouvido ou sido citado da investigação, bem como de manter contato com eles, direta ou indiretamente, sobre os fatos sob investigação.
Segundo as investigações, as empresas de segurança encaminharam à Polícia Federal listas de vigilantes contendo informações divergentes dos serviços realmente prestados em eventos festivos do município de Campina Grande e região durante o período de 2023.
A ação policial de hoje é um desdobramento da Operação Alcântara, que teve sua primeira fase deflagrada no dia 13 de dezembro do ano passado, quando foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão nas residências dos proprietários das empresas investigadas e também nas sedes.
Os investigados, em tese, praticaram os crimes de falsidade ideológica (art. 299, CP), uso de documentos falsos (art. 304, CP) e fraude processual (art. 347, CP), cujas penas somadas podem chegar a 12 (doze) anos de prisão.
A operação foi batizada de Alcântara em referência a São Pedro de Alcântara, santo padroeiro dos vigilantes e dos guardas noturnos de acordo com a tradição da religião católica.