O município de Sousa, distante 432 km da capital João Pessoa, fica encravado no sertão da Paraíba, impondo desafios para a agricultura local. A região conta com um projeto de irrigação, idealizado na década de 50, mas só foi oficializado no final de 1990. Desde então, o Estado luta para conseguir, impulsionar e dinamizar a agricultura irrigada de fruticultura no local. Na primeira semana do mês de julho, o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e o Governo da Paraíba assinaram o protocolo do Acordo de Cooperação Técnica para somar esforços e revitalizar o projeto.
Equipe das instituições debateram ações voltadas para o desenvolvimento de atividades agrícolas e agroindustriais. O perímetro para a produção de orgânicos tem o solo fértil, aliado à tecnologia de irrigação localizada e tem como finalidade a irrigação de uma área total de 4.390,79 hectares com 178 lotes para pequenos produtores, com ênfase na fruticultura e a ovinocultura.
A diretora de Irrigação do MIDR, Larissa Rêgo, e o coordenador-geral de Sustentabilidade de Polos e Projetos de Irrigação do MIDR, Antônio Leite, participaram das reuniões. “É um Projeto de Irrigação estratégico para o Brasil em razão do seu potencial para o desenvolvimento local e regional. A agricultura tropical brasileira associada à irrigação tem se mostrado como a alternativa mais viável para garantir a segurança alimentar, de fibras e de bioenergia”, destacou Larissa Rêgo.
O MIDR vem agindo em conformidade com a orientação da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), que aponta para um crescimento expressivo da população nos próximos anos. A população brasileira poderá alcançar aproximadamente 209 milhões de habitantes em 2040, frente aos atuais 207,8 milhões estimados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Diante da necessidade de mais comida para a população, o Brasil tem uma oportunidade de produzir mais e melhor, gerando emprego e renda.
“O Brasil irriga cerca de 8,5 milhões de hectares e os estudos apontam que é possível irrigar 5,4 milhões de hectares em bases sustentáveis, sem desmatar e cultivando em áreas. O Projeto de Irrigação Várzeas de Sousa é um projeto que, por suas condições, tem elevada importância para a Política Nacional de Irrigação”, completou Larissa Rêgo.
Demandas para a revitalização do Projeto de Irrigação Várzeas de Sousa
– Recuperação dos conjuntos motobombas da estação de bombeamento
– Pintura dos conjuntos motobombas da Estação de Bombeamento e adutoras de recalque e distribuição
– Recuperação da estrutura de obras civis da substituição de válvulas de sucção e recalque.
– Recuperação da rede de drenagem
– Aquisição de veículos e máquinas
– Proteção catódica das adutoras de aço carbono
– Recuperação de uma adutora e de uma válvula borboleta
– Substituição de hidrômetros dos lotes dos pequenos produtores
– Aquisição de equipamentos para complementação da Ponte Rolante para EBP