“Não vamos desistir do Brasil”. Há 10 anos e um dia, o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) encerrava, com esta frase, seu último pronunciamento à nação, apenas algumas horas antes do acidente de avião em Santos (SP) que tirou a sua vida e de outras seis pessoas em 13 de agosto de 2014.
O discurso marcou o último minuto e meio da entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, como parte da campanha à Presidência da República. Neto do ex-governador de Pernambuco Miguel Arraes, Eduardo conquistou o primeiro mandato, em 1990, como deputado estadual. Quatro anos depois, em 1994, deixou a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) pela Câmara dos Deputados, para exercer o mandato de deputado federal, onde também foi líder do PSB. O político havia sido também ministro da Ciência e Tecnologia, governador de Pernambuco por dois mandatos e secretário estadual do Governo e de Fazenda.
Eduardo deixou a esposa, Renata Campos, e quatro filhos. Hoje, aos 30, João Campos é candidato à reeleição para a Prefeitura do Recife.
Na época, Eduardo concorria pela coligação “Unidos pelo Brasil”, composta por PSB, PHS, PRP, PPS, PPL e PSL e tinha Marina Silva como candidata a vice-presidente, que após a morte de Eduardo se tornou a candidata à presidência pelo PSB. Nas pesquisas, o economista aparecia como terceiro colocado.
O ACIDENTE
Campos estava em um avião modelo 560XL da fabricante Cessna Aircraft, que caiu em Santos (SP) após o piloto arremeter durante preparação para pouso no Guarujá (SP) por conta da falta de visibilidade causada pelo mau tempo.
Além de Campos, também foram vítimas do acidente o piloto Marcos Martins, o copiloto Geraldo Magela Barbosa da Cunha e quatro membros da equipe que assessorava o candidato, Carlos Augusto Percol, Alexandre Severo, Marcelo Lyra e Pedro Valadares. Naquele dia, o avião, de modelo Cessna 560XL, havia decolado do Aeroporto Santos Dumont (RJ).