O candidato do PRTB, Pablo Marçal, passou a enfrentar mais dois processos na Justiça Eleitoral. As denúncias foram feitas pelo rival, do PSDB, José Luiz Datena. Em uma das representações, o tucano pede que a Justiça tome atitudes em relação a seis sites que vendem produtos de apoio a Marçal. O sétimo endereço listado, que consta no Tribunal Regional Eleitoral como sendo um dos oficiais do candidato do PRTB, disponibiliza arte para confecção de itens, o que causaria desequilibro na disputa.

Um dos agravantes, segundo as representações, é o uso de propaganda impulsionada pelo Google, que já havia decidido não permitir impulsionamento de anúncios relacionados às eleições brasileiras de 2024.

Datena pede que os sites sejam tirados imediatamente do ar, que Marçal seja multado e proibido de ceder artes de sua campanha para outras pessoas desvinculadas do financiamento oficial de prestadores de serviços.

As ações pedem ainda que o Google forneça os dados dos responsáveis pelo impulsionamento das vendas de itens como o boné que tem a inicial do candidato, frequentemente usado por Marçal em atos de rua, debates e entrevistas.

Datena solicita que a Justiça Eleitoral obrigue o rival do PRTB a informar detalhadamente “o destino do dinheiro arrecadado com a venda dos bonés, se para a campanha dele ou para empresa(s) de sua propriedade e qual(is) empresa(s)”.

A reportagem acessou todos os links contidos nas duas representações na noite deste domingo (1°). Um deles vendia bonés com o M de Marçal a R$99. Outro tinha a oferta de livros físicos e ebooks do candidato. Um terceiro vendia acesso a uma espécie de treinamento virtual para networking por R$97. Um quarto site oferecia a inscrição para um clube de vantagens com objetivo de potencializar lucros na carreira profissional ao valor de R$2.997. O quinto site oferecia a inscrição gratuita para uma mentoria com Marçal e Renato Cariani. O sexto endereço estava fora do ar. No sétimo, site oficial da campanha, havia sete artes disponibilizadas para impressão de itens como cartazes e boné.

CNN