A presidente do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba, desembargadora Agamenilde Dias, descartou, neste sábado (14), solicitar o emprego de tropas federais para as eleições de João Pessoa. O entendimento foi exposto após uma reunião da magistrada com os candidatos à Prefeitura da Capital, na sede do TRE, e acontece após as chapas de oposição, lideradas por Ruy Carneiro (Podemos), Luciano Cartaxo (PT) e Marcelo Queiroga (PL), solicitarem reforço na segurança do pleito, com a justificativa o crime organizado estaria impedindo a campanha.
A desembargadora disse que o entendimento da Justiça Eleitoral é de que não há necessidade de intervenção de tropas federais no pleito na Capital. Ela ainda assegurou que esse requerimento não deve ser solicitado por partido políticos ou candidatos, e sim por juízes eleitorais.
“As magistradas e o juiz eleitoral entendem que não se justifica ainda o requerimento de tropas federais aqui para João Pessoa. De sorte, que esse encaminhamento não se dá por partidos políticos, por candidatos. Essa necessidade ela tem que ser apresentada e encaminhada pela Justiça Eleitoral, pelo juiz eleitoral. E o TRE avaliando os requisitos formais encaminhará para o TSE. De forma que esta reunião não se tratou de tropas federais ou não, porque é uma decisão já tomada pela juiz e o juiz eleitoral de João Pessoa”, argumentou.
Na ocasião, a juíza foi questionada sobre o envolvimento de candidatos com o facções criminosas e disse que entende o posicionamento das chapas, mas confirmou que apenas o que tiver fundamento será apurado.
“Eu compreendo cada fala de candidato, mas eu tenho que seguir no rumo das balizas legais. Neste sentido, o que tiver fundamento e o que deverá ser apurado, será. O que não tiver fundamento não será apurado”, concluiu.
A Justiça Eleitoral ainda incrementou que os políticos deverão indicar os locais críticos da cidade para suas atuações e a instituição encaminhará para as Forças de Segurança.
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