Raíssa nega ligação com tráfico e aliciamento político: “Mentira cavilosa”

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A vereadora Raíssa Lacerda (PSB), presa pela Polícia Federal nesta quinta-feira (19) suspeita de aliciamento violento de eleitores em João Pessoa, afirmou, por meio de nota divulgada nas redes sociais, que é vítima de “ardilosa perseguição eleitoral”.

Em texto divulgado por seu gabinete, a parlamentar rebateu as acusações de liderar um esquema de aliciamento violento político.  “Afirmo se tratar de uma mentira cavilosa com o intuito de prejudicar a minha exitosa campanha que está espalhada por toda João Pessoa”, diz o texto.

“Quanto as perversas acusações, sem nenhuma prova, que tentam denegrir o meu caráter, volta a repelir com a coragem dos inocentes, e afirmo que tudo será esclarecido, e que os verdadeiros culpados e acusadores, tenham um pouco de caráter e saiam do anonimato”, prossegue.

Veja a nota completa: 

AO POVO DE JOÃO PESSOA

Estou o com o espirito desarmado próprio dos inocentes.

Venho apenas esclarecer e clamar por justiça diante das injustiças propositais, dignas daqueles que usam o anonimato, para ferir à honra alheia.

Estou no meu quarto mandato e nada existe que venha desabonar à minha honra e o meu caráter. Como é do conhecimento de todos fui surpreendida pela segunda vez com a presença da Policia Federal em minha casa, às primeiras horas da manhã.

Da primeira vez fizeram busca e apreensão de uma quantia de dinheiro fruto de uma herança de uma irmã solteira da minha mãe, que serviriam para pagar despesas com gráfica, gasolina e alimentação da minha equipe de campanha.

Hoje, pela manhã, resolveram me levar sob custódia para prestar esclarecimento quando toda a verdade virá à tona e a população de João Pessoa tomará conhecimento dos verdadeiros fatos.

Repilo, com toda veemência, e afirmo se tratar de uma mentira cavilosa com o intuito de prejudicar a minha exitosa campanha que está espalhada por toda João Pessoa.

Possuo o mesmo caráter do meu pai José Lacerda Neto, um homem que só soube fazer amigos durante toda a sua vida politica. Um ex-deputado estadual com 11 mandatos consecutivos na Assembleia Legislativa do Estado da Paraíba, ex-prefeito da sua cidade São José de Piranhas, Secretário de Estado e vice- governador do Estado, sem nenhuma mácula, que venha a denegrir a sua imagem e muito menos o seu caráter.

É esse tipo de comportamento que me honra e me norteia.

Quanto as perversas acusações, sem nenhuma prova, que tentam denegrir o meu caráter, volta a repelir com a coragem dos inocentes, e afirmo que tudo será esclarecido, e que os verdadeiros culpados e acusadores, tenham um pouco de caráter e saiam do anonimato.

Não queiram tratorar uma mulher, mãe de família, em plena campanha por motivos subalternos e invejosos.

Gabinete da Vereadora Raissa Lacerda

A operação 

A vereadora Raíssa Lacerda (PSB) foi presa na manhã desta quinta-feira (19) durante a operação Território Livre II, que visa o combate a aliciamento violento de eleitores.

A parlamentar é investigada por participar do crime e já havia sido alvo de busca e apreensão recentemente. Hoje, os mandados foram cumpridos no Bairro São José, Miramar e Alto do Mateus.

Além de Raíssa, mais três pessoas foram presas. Pollyanna Dantas, que segundo a investigação usaria a influência para determinar quem poderia ser votado no Bairro São José, Taciana Nascimento, exercia, de acordo com a PF, influência no Bairro São José, e Kaline Nascimento, articuladora de Raíssa no Alto do Mateus.

Ao decretar as prisões, a Justiça Eleitoral apontou que o diálogo de conversas obtidas nos celulares dos investigados confirmam o indício da prática de coação e controle de facção criminosa ligada ao tráfico de drogas para fins eleitorais.

Os alvos foram levados para exame de corpo delito e em seguida ficarão à disposição da Justiça na sede da PF em João Pessoa.

Em nota, a Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) disse que a sua Procuradoria-Geral vem acompanhando de perto os desdobramentos da Operação Território Livre, da Polícia Federal e que “a Casa do Povo, composta por representantes legítimos da população, confia no trabalho da Justiça e no devido processo legal”.

“A Casa de Napoleão Laureano e seus representantes defendem de forma intransigente o direito constitucional de ir e vir das pessoas e vão acompanhar de perto o desenrolar das investigações”, completa o texto.

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