A Record promove um debate com os candidatos à Prefeitura de São Paulo no sábado (28), às 20h40. A emissora decidiu reforçar a segurança e adotar medidas drásticas para evitar novos casos de agressão durante o evento. Os encontros entre os concorrentes para administrar a capital paulista foram marcados por atos de selvageria, como a cadeirada de José Luiz Datena (PSDB) em Pablo Marçal (PRTB) e o soco do videomaker do ex-coach no marqueteiro de Ricardo Nunes (MDB).
Segundo informações do colunista Flávio Ricco, do portal R7, os copos usados pelos candidatos serão de acrílicos, para evitar objetos de vidro no local. Os organizadores também se atentam a outros objetos do cenário, como luminárias.
Já confirmaram presença no debate da Record os candidatos Ricardo Nunes, Guilherme Boulos (PSOL), Tabata Amaral (PSB), José Luiz Datena, Marina Helena (Novo) e Pablo Marçal.
Com mediação de Eduardo Ribeiro, o debate será dividido em três blocos: dois de perguntas entre os concorrentes e um com questões dos jornalistas presentes.
A colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo, informou que a Record convocou os representantes das campanhas para a Prefeitura de São Paulo na quinta (26) para anunciar uma segunda leva de mudanças nas regras do debate.
Antes não prevista nas regras, a expulsão de candidatos pode ocorrer imediatamente se houver agressão física ao adversário ou se já tiver sido advertido quatro vezes.
Também estão previstas no regulamento irregularidades cometidas por assessores ou convidados, podendo gerar punição aos próprios candidatos, que estarão sujeitos à suspensão do tempo de fala nas considerações finais ou até mesmo à exclusão do debate.
Interromper o rival durante sua fala também causará a punição de 30 segundos descontados das considerações finais a cada advertência. Se ocorrerem três penalidades, o candidato perderá o direito à fala ao final do debate. Na quarta reprimenda, haverá expulsão.
As novas regras também determinam que a gravação dos bastidores com celulares estão proibidas. Cada candidato, assim como seu grupo de assessores na plateia, terá a seu dispor pelo menos um segurança.
Casos de agressão
Datena foi expulso do debate eleitoral da TV Cultura no último dia 15, após agredir Marçal com uma cadeira. O apresentador se descontrolou quando o influenciador citou uma acusação de assédio sexual contra ele.
“Você é um arregão. Você atravessou o debate esses dias para me dar um tapa, falou que queria ter feito. Você não é homem nem para fazer isso…”, provocou o ex-coach na ocasião. Foi então que Datena partiu para cima do influenciador com uma cadeira. “Nossos comerciais, por favor”, pediu o mediador Leão Serva, claramente desconcertado com a cena.
Na segunda (23), o debate organizado pelo Grupo Flow também terminou em confusão. A expulsão de Pablo Marçal no final do evento culminou em bate-boca e empurra-empurra nos estúdios. O marqueteiro da campanha de Ricardo Nunes, Duda Lima, foi agredido pelo videomaker do ex-coach, Nahuel Medina.
O histórico de agressões e troca de ofensas levou as emissoras a tomarem medidas para controlar os candidatos. No debate da RedeTV! e do UOL, por exemplo, as cadeiras foram parafusadas no chão. Mesmo assim, a mediadora Amanda Klein precisou gritar para impedir uma briga de Marçal e Nunes no evento.