A oposição em Campina Grande anunciou no último fim de semana que existem duas Ações de Investigação Judicial Eleitoral (AIJEs) contra o prefeito reeleito Bruno Cunha Lima (União Brasil) tramitando no momento.

As ações foram impetradas ainda durante a campanha eleitoral. Em uma delas, a Coligação Por Uma Campina Campeã, do candidato Jhony Bezerra (PSB), acusou o prefeito e mais quatro secretários de abuso de poder político e econômico.

Na peça, o jurídico do candidato oposicionista afirma que “a Prefeitura Municipal de Campina Grande realizou contratações abusivas de servidores públicos, em período imediatamente anterior à vedação da legislação eleitoral, sem concurso público, por meio de contratos de prestação de serviço por excepcional interesse público”.

À imprensa, o secretário de administração do município, Diogo Lyra, afirmou que “diferente do que diz a ação, houve uma redução no número de contratados por excepcional interesse público, haja vista a convocação de aprovados nos concursos públicos realizados pela Prefeitura.”

A segunda AIJE, por sua vez, denuncia um suposto abuso de poder político e econômico por parte da candidatura de Bruno Cunha Lima, através da utilização indevida dos meios de comunicação.

Em contato com a reportagem, a defesa de Bruno afirmou que “temos conhecimento da existência das duas ações desde que foram ajuizadas. Contudo, ainda não houve movimentação processual para apresentação de defesa. De toda sorte, tendo conhecido o teor dos processos, podemos afirmar que se tratam de ilações meramente eleitoreiras, sem sustentáculo fático, com o simples objetivo de criar fatos políticos”.

Vale lembrar que em João Pessoa, onde Cícero Lucena (PP) e Marcelo Queiroga (PL) se enfrentaram no segundo turno, também ocorre uma verdadeira “guerra de Aijes” entre os candidatos.