O advogado Bruno Pontes Girão, que representa as vítimas do médico Fernando Cunha Lima, falou sobre as investigações dos casos de abuso sexual e o pedido de prisão contra o pediatra, em entrevista ao Programa “Ô Paraíba Boa”, da 100.5 FM, na noite desta quinta-feira (7).
“O médico é um verdadeiro monstro. As vítimas tem ele como um monstro acredito que não tem outro nome dado a este ser. O réu Fernando Cunha Lima foi indiciado em dois inquéritos policiais, tendo um deles já sido apresentado a denúncia e já em fase da instrução processual. Foram ouvidas 8 testemunhas de acusação e 8 de defesa, 2 vítimas e o reú. As provas que foram produzidas na ação penal elas são firmes quanto a prática dos crimes que estão sendo imputadas a ele. Dentre as vítimas menores as mães presenciaram o momento. São 40 anos desde a vítimas mais antiga, que é uma sobrinha em várias cidades, realizando abuso sexual”, explicou.
O advogado ainda disse que existem outras provas, além dos depoimentos das vítimas. “Tem também a perícia que foi realizado na vítima que deu origem a todos esses casos, que foi o que trouxe a tona a verdadeira fase criminosa do Fernando Cunha Lima, hoje conhecido como o maníaco do consultório médico. Além dos depoimentos das crianças, as mães presenciaram e viram os movimentos que ele fazia na parte genital da criança, inclusive tendo relato fotográfico de como ele atuava de modo sutil para satisfazer a sua lascívia”, destacou.
Bruno explicou que após o pedido de prisão, outras vítimas procuraram para relatar que foram vítimas. “Ao todo tem 10 vítimas no processo, sendo que 4 dessas estão prescritas. Porém temos relatos de outros vítimas que ainda não tiveram condições em formalizar a denúncia. Após o pedido de prisão as vítimas entraram em contato conosco para no momento possam comparecer a delegacia e formalizar a denúncia. Não só mulheres vítimas, existe também situações com garotos, provando que além dele ser um predador sexual, um maníaco do consultório que não existia predileção e não investia apenas nas crianças, as mães também foram vítimas. Ele não tinha nenhum pudor as mães e crianças”, afirmou.
Bruno Pontes lamentou a demora da prisão do médico. “Sinceramente não existe justificativa e não conseguimos entender porque Fernando Cunha Lima não foi preso logo e a prisão decretada logo. Desde o início os requisitos foram apresentados com os casos, há mais de 40 anos ele estava realizando abusos dentro e fora do consultório. Além disso a ocultação de provas que ele fez na calada na noite em seu consultório. Tudo já constava nos autos desde o início e isso foi postergado, facilitando para o réu fugir, como estamos vendo hoje”, concluiu.
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